
Pernambuco vive uma epidemia de gripe dentro da pandemia de Covid-19, que chega ao terceiro ano em 2022. Com a transmissão comunitária da Influenza A H3N2, o estado teve um aumento de pedidos por vagas de internação e de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
O número de solicitações ativas por leitos de UTI e de enfermaria dedicados a pessoas com problemas respiratórios cresceu 858%, em duas semanas, segundo dados de painel com informações públicas da rede. A comparação é feita na relação de dados de terça (4) e do dias 21 de dezembro.
De acordo com a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), com dados da terça, houve aumento de solicitações ativas de 43 para 412. Do total de pedidos, foram 188 para UTIs e outras 224 para enfermarias, no quarto dia de 2022.
Médicos explicam que a solicitação ativa mostra que o paciente pediu uma vaga na rede de saúde, mas não tinha sido contemplado até o momento do registro.
A última vez em que o estado teve um número de pedidos por internação tão expressivo foi em 27 de maio de 2021, quando houve 411 solicitações simultâneas para a Central de Regulação de Leitos de Pernambuco.
Em toda a pandemia, o pico, ou seja, o maior número de pedidos de internação ao mesmo tempo, foi em 25 de maio de 2021.
No entanto, o volume de doentes esperando por um leito não era tão distante do que há atualmente. Naquele dia, houve 468 solicitações.
A ocupação de leitos de UTI na rede pública também teve aumento por causa da associação da epidemia de gripe a pandemia.
O boletim de acompanhamento da pandemia, divulgado na terça pelo estado, apontava que as Unidades de Terapia Intensiva estavam com 79% de ocupação.
A última vez que esse patamar tinha sido alcançado no estado foi no dia 24 de junho de 2021, quando acabava uma das fases mais agudas da pandemia até aquele momento.