
Agroecologia, Agricultura de Baixo Carbono, Agricultura Resiliente ao Clima. Essas são formas de praticar a agricultura produzindo alimentos saudáveis, preservando e recuperando as florestas, resgatando a fertilidade dos solos, gerando trabalho e renda no campo e gerando maior resiliência da agricultura à emergência climática que tende a afetar a produção de alimentos para a humanidade.
A Agroecologia integra um conjunto de técnicas e saberes que o ativista pernambucano Alexandre Pires, de 46 anos, defende como solução para pensar o desenvolvimento com sustentabilidade e inclusão socioprodutiva de jovens, mulheres e homens no campo e nas cidades. Depois de participar da elaboração e articulação de diversas políticas públicas, como o Programa Cisternas, que culminou com a implementação de mais de 1,4 milhão de unidades em vários estados do Semiárido brasileiro (sendo uma iniciativa de tecnologia social para acesso e armazenamento da água premiada pela ONU), agora Alexandre Pires aceitou uma nova missão: representar o movimento agroecológico na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
E para uma candidatura pautada pela agroecologia, nada mais justo que seu lançamento seja realizado dentro de uma experiência concreta de agroecologia que está recuperando a Caatinga, preservado o solo contra a desertificação e ampliando a biodiversidade agrícola. Assim será o lançamento da pré-candidatura de Alexandre Pires a deputado estadual no próximo domingo, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, deslocando o “centro” para o meio rural. A partir das 14h, no sítio Lagoa Escondida, zona rural de Vertentes, no agreste Setentrional, há 149 km do Recife.
O ato conta com a presença de lideranças da esquerda de Pernambuco como João Arnaldo Novaes, pré-candidato a governador pelo PSOL, Tiago Paraíba presidente estadual do PSOL, Paulo Rubem Santiago pré-candidato a deputado federal pela REDE, Carol Vergolino, Luiza Carolina, Janielly Azevedo, Robeyoncé Lima e Laís Araújo pré-candidatas a deputadas federais pelo PSOL. “Para mim que sou do interior e tenho minha vida de luta em defesa da agroecologia, há uma simbologia importante de mobilizar pessoas da capital para a zona rural do interior, dando visibilidade às práticas sustentáveis dos agricultores e agricultoras”. Alexandre é pré-candidato pelo PSOL.
A escolha do local e da data revelam o respeito e valorização da pré-candidatura às famílias do campo e à uma agenda socioambiental relevante nesse contexto de emergência climática e fome que se passa no Brasil. “As potencialidades da agricultura familiar ainda são invisíveis ao “centro do poder”, nós precisamos olhar para o campo em outra perspectiva. É necessário jogar luz sobre a Caatinga, as nascentes e rios, e às experiências de convivência com o Semiárido que comprovadamente geram maior resiliência aos efeitos climáticos”.
A pré-candidatura de Alexandre é fomentada pelo coletivo Agroecologia Urgente, formado por agricultoras e agricultores, agroecologistas, professoras e professores, pesquisadoras e pesquisadores, artistas, extensionista rurais e militantes de diversas organizações e movimentos sociais atuantes em Pernambuco que veem nesta plataforma diversas soluções para as crises socioeconômicas e climáticas, em especial a fome que já assola mais de 77 milhões de brasileiros, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas no fim de maio.