
A escola pública deve respeitar todas as crenças religiosas, inclusive o candomblé, a umbanda e as pessoas que não têm religião. Essa é a opinião de 93% dos brasileiros, de acordo com pesquisa Datafolha.
O resultado do estudo vai ao encontro da Base Nacional Curricular Comum. Segundo a BNCC, temas voltados para a diversidade e identidade cultural, em especial a história dos povos africanos, devem ser trabalhados do 6º ao 9º ano do ensino fundamental.
Os assuntos são abordados na disciplina de história, mas a BNCC recomenda que sejam incluídos também em língua portuguesa, língua inglesa, artes, educação física e geografia.
O ensino religioso voltado a apenas uma crença (chamado de confessional), aliado ao racismo nas escolas e à falta de história e cultura afro-brasileira nos currículos, dificulta o processo de identificação dos estudantes, o que, segundo a psicóloga Ana Carolina Barros Silva, coordenadora da ONG Casa das Marias, pode afetar a autoestima e alimentar o sentimento de inferioridade.